terça-feira, 20 de novembro de 2012

HANUKAH


HANUKAH

FESTA DAS LUZES

08 de dezembro de 2012

E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão".

A festa de Hanukah é conhecida em Sião, como a festa das luzes ou festa dos milagres, e todo início de dezembro é celebrada em Israel, e como vemos em João 10.22-23. Jesus estava presente no templo no período desta festa.

Diz a história que após vencerem o exército de Antíoco, os Israelita chegam ao templo e o encontram destruído, e quando os sacerdotes estão fazendo a dedicação ou consagração do templo ao SENHOR, percebem que o óleo ou azeite para acender o candelabro havia sido destruído pelos invasores, e a quantidade de azeite que encontram, só daria para um dia, além disso os sacerdotes demorariam oito dias para produzirem mais óleo.

Milagrosamente o óleo que sustentaria o candelabro por apenas um dia, durou os oito dias, tempo necessário para a produção de mais azeite. E o candelabro da casa do SENHOR não se apagou, trazendo luz para israel.

E assim como o óleo do candelabro milagrosamente multiplicou, e trouxe luz sobre Israel, Deus trará luz a sua Vida e manifestará o milagre em você.

E vendo a manifestação deste milagre na sua Vida, eu te convido a vir celebrar Hanukah conosco, A festa das luzes que manifesta o milagre da vida.
 

João 9.5. "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo".
 
 
 
 






 


MINISTÉRIO PALAVRA VIVA

sexta-feira, 16 de novembro de 2012


DIA MUNDIAL DE AÇÃO DE GRAÇAS

 

A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecer sempre e por todas as coisas. O salmista exclama: “Bom é render graças ao Senhor…” E outra vez: “Entrai por suas portas com ações de graças…” (Sl 92.1 e 100.4). Assim, o render graças a Deus , é tão antigo quanto a humanidade. Vem dos tempos bíblicos e reflete-se ao longo da história.

O costume do “Dia de Ação de Graças” vem dos Estados Unidos. Em 1620, saindo da Inglaterra, singra os mares o “Mayflower”, levando a bordo muitas famílias. São peregrinos puritanos que, fugindo da perseguição religiosa, vão buscar a terra da liberdade. Chegando ao continente americano, fundam treze colônias, semente e raiz dos Estados Unidos da América do Norte.
 
 
 
 
 
O primeiro ano foi doloroso e difícil para aquelas famílias. O frio e as feras eram fatores adversos. Não desanimaram. Todos tinham fé em Deus e nas suas promessas.
Cortaram árvores, fizeram cabanas de madeira, e semearam o solo, confiantes. Os índios, conhecedores do lugar, ensinaram a melhorar a produção.

E Deus os abençoou. No outono de 1621, tiveram uma colheita tão abençoada quanto abundante. Emocionados e sinceramente agradecidos, reuniram os melhores frutos, e convidaram os índios, para juntos celebrarem uma grande festa de louvor e gratidão a Deus.
 
 
 
 
 
 

Nascia o “Thanksgiving Day”, celebrado até hoje nos Estados Unidos, na quarta quinta-feira de novembro, data estabelecida pelo Presidente Franklin D. Roosevelt, em 1939, e aprovada pelo Congresso em 1941.

O embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, participando, em Washington, da celebração do Dia Nacional de Ação de Graças, falou em tom profético: “Eu quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus”. Estas palavras moveram consciências no Brasil.

No governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, o Congresso Nacional aprovou a Lei 781, que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro como o Dia Nacional de Ação de Graças.

Porém, em 1966, o Marechal Humberto Castelo Branco modificou esta Lei, dizendo que não a última, mas a quarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças, para coincidir com esta celebração em outros países.

Sim, aquelas palavras de Joaquim Nabuco, grande estadista brasileiro, encontraram eco em muitos corações. Hoje, são muitas as comunidades que, como num grande coro universal de gratidão a Deus, celebram nacionalmente o Dia de Ação de Graças, na quarta quinta-feira de novembro.

Em tudo e por tudo devemos dar graças a Deus!



 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SE JESUS VOLTASSE AMANHÃ


SE JESUS VOLTASSE AMANHÃ

 

E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Ap 22.12).

Imaginemos Jesus voltando amanhã para buscar a Sua Igreja. Imaginemos ter exatamente 24 horas de prazo à nossa disposição. O que seria importante para nós nesse momento? Como usaríamos o tempo disponível?

No começo haveria uma grande agitação. Mas certamente cada um de nós rapidamente faria planos acerca do que ainda desejaria realizar na terra nessas últimas 24 horas.

Em primeiro lugar, todo crente se humilharia diante de Deus e confessaria todos os pecados que inquietam seu coração e pesam em sua consciência. Em seguida, iríamos rapidamente falar com todas as pessoas contra quem cometemos injustiças, pedindo-lhes perdão e procurando verdadeira reconciliação. Quando não fosse possível fazê-lo pessoalmente, telefonaríamos, escreveríamos ou mandaríamos um fax.

Para estar ainda mais bem preparado para o arrebatamento, certamente todo crente ainda haveria de pensar sobre as oportunidades de servir negligenciadas e tentaria recuperar as chances perdidas. Acima de tudo nos empenharíamos para que nossos parentes, amigos e vizinhos ouvissem um testemunho claro da nossa fé. Não mediríamos esforços e faríamos tudo para ganhar a sua atenção. Eles haveriam de perceber a nossa seriedade. E provavelmente nesse dia cada um de nós ganharia pelo menos uma pessoa para Jesus.

Então pensaríamos no nosso dinheiro, lastimando termos dado tão poucas ofertas para o reino de Deus. Sacaríamos as nossas cadernetas de poupança, distribuindo o dinheiro de maneira sensata onde houvesse necessidade. Nem em sonho alguém pensaria em desperdiçar tempo com divertimentos e lazer nesse dia.

A seguir iríamos para a última reunião de estudo bíblico e oração na igreja. O prédio seria pequeno demais para tanta gente. Muitos estariam de pé. Todos orariam sem envergonhar-se no meio da grande multidão ou em grupos menores. E quando chegasse a hora dos testemunhos, as pessoas não iriam parar de falar. Cada um contaria das suas experiências com Deus e relataria o que o Senhor fez por seu intermédio nesse dia. Certamente todos os testemunhos terminariam de maneira semelhante: "Eu lamento muito porque por tantos anos não vivi de maneira totalmente consagrada, que ajudei tão pouco na expansão do reino de Deus, que dei poucas ofertas, que quase não testemunhei a outros, e que raramente participei das reuniões de oração, porque pretensamente tinha coisas mais importantes a fazer. Espero que o Senhor ainda demore mais um pouco e só volte daqui a dois ou três anos! Então eu mudaria totalmente a minha vida! Gostaria tanto de produzir frutos para a eternidade, de juntar tesouros no céu".

Ninguém olharia para o relógio desejando que o culto acabasse logo.

É uma atitude absolutamente realista crer que Jesus poderá voltar amanhã. Todos os sinais do nosso tempo mostram que vivemos nos últimos dias. Mas talvez ainda nos restem exatamente esses dois ou três anos de prazo para trabalhar para o Senhor. Assim, nosso desejo de fato estaria realizado e ainda teríamos tempo para recuperar parte daquilo que negligenciamos. Comecemos hoje mesmo!

 (Daniel Siemens)

O DIA DE JESUS CRISTO


O DIA DE JESUS CRISTO

 

Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos" (2 Ts 2.1).

Em uma revista cristã alemã encontrei um texto excelente sobre "O Dia de Jesus Cristo", ou seja, sobre o arrebatamento (1 Ts 4.13-18), e o reproduzo como introdução a esta mensagem:

Arrebatados!

De repente, num breve e intenso momento, no instante mais feliz e esperado durante séculos pela Igreja de Jesus, o próprio Senhor que estará voltando chamará os Seus: Ele vai chamá-los dos vales silenciosos, das colinas banhadas de sol, dos cemitérios das aldeias, das profundezas dos mares, dos cenários de guerra, das selvas da Índia, das terras pantanosas da África, das ilhas dos mares longínquos. De qualquer lugar solitário onde Seus filhos tiverem morrido sofrendo a Seu serviço, eles ressuscitarão glorificados para ir ao encontro do seu Senhor. Os crentes que ainda estiverem vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Que visão para olhos que choram! Que esperança para corações que aguardam! Que estímulo para realizar tarefas que já deveriam ter sido feitas há muito tempo!

Arrebatados! Quem consegue imaginar isso? Enquanto muitas pessoas estiverem ocupadas com seus afazeres, os cristãos irão ao encontro do seu Senhor. Talvez, enquanto estiverem ajoelhados em seu quarto, orando, eles serão arrebatados. Talvez serão arrebatados quando estiverem meditando em seus corações justamente sobre a Palavra de Deus que fala sobre a volta de Jesus! Enfermos, sofrendo pacientemente no leito da enfermidade, serão arrebatados e irão ao encontro do seu Senhor!

Devemos permanecer vigilantes, pois não sabemos a hora em que o Filho do Homem virá! Não sabemos a hora em que o Senhor chegará; mas também não sabemos de nenhuma hora em que Ele não possa vir! Isso ainda poderá demorar anos; ou poderá acontecer amanhã – e também pode acontecer ainda hoje.

Nas mensagens sobre o arrebatamento procuro mostrar que devemos fazer diferença entre o "Dia de Jesus Cristo" e o "Dia do Senhor". O "Dia de Jesus Cristo" é o dia da vinda do Senhor como Noivo para a Sua Igreja, Sua Noiva. Esse dia começará com o arrebatamento, que será seguido pelo julgamento diante do tribunal de Cristo e pelas bodas do Cordeiro. O "Dia do Senhor", ao contrário, será um tempo de juízos para o mundo ímpio e para Israel, por ter rejeitado o Filho de Deus (2 Ts 2.9-12). O "Dia do Senhor" começará depois do arrebatamento, desembocará na Grande Tribulação, terminando com o estabelecimento do reino de Cristo sobre a terra e com a restauração do povo judeu.

A seguir apresentamos uma breve distinção entre o "Dia de Jesus Cristo" para o arrebatamento e o "Dia do Senhor" para o estabelecimento do Seu reino:

1. O terrível juízo sobre os descrentes

Após o arrebatamento, a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios da mentira, atingirá o mundo incrédulo com todo o seu ímpeto. Então os homens colherão o que semearam. Todo o engano da injustiça se abaterá sobre os que não quiseram arrepender-se (Ap 9.20-21; 16.9-11), e eles não terão mais a chance de voltar atrás. Eles estarão perdidos e continuarão perdidos: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Eles serão de tal modo dominados por uma poderosa força do engano, que toda a sua "segurança" consistirá da mais pura insegurança. E o pior será que eles nem o perceberão, porque estarão totalmente cegos e entregues à própria sorte: "É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (v.11). Eles serão julgados, e sua condenação consistirá em serem dominados pelo diabo na pessoa do anticristo. Por terem se deleitado com a injustiça e a mentira, eles serão entregues a essa mesma mentira e crerão nela: "a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (v.12).

2. A segurança eterna dos crentes

A seguir, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, dirige-se aos crentes em 2 Tessalonicenses 2. Ele fala de uma maneira totalmente diferente e com outra entonação, fazendo com que os cristãos se sintam aliviados: "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (v.13). Aqui temos certeza em lugar de incerteza, garantia ao invés de dúvida, consolo em lugar de desesperança. Paulo diz

– que ele pode dar graças pelos crentes;

– que eles são amados pelo Senhor;

– que eles são escolhidos por Deus, salvos e santificados pelo Espírito Santo;

– que eles creram na verdade em Jesus Cristo, e por isso não terão que passar pelo tempo da Tribulação como aqueles (vv. 9-12) que não aceitaram a verdade para serem salvos e que não creram na verdade.

Como Paulo podia ter tanta certeza e escrever de maneira tão positiva à igreja em Tessalônica? Porque ele sabia que Jesus tornou-se tudo para aqueles que crêem nEle. Paulo conhecia muito bem a verdade da Primeira Epístola aos Coríntios: "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1 Co 1.30). E ele também sabia da verdade expressa em Hebreus 10: "então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hb 10.9-10,14).

À Igreja aguarda a inimaginável glória de Jesus Cristo, o cumprimento da oração de Jesus: "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo" (Jo 17.24). Isso será realizado no dia do arrebatamento, quando Jesus voltar conforme Sua promessa: "...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (Jo 14.3).

Continuamos lendo em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra." Aqui aparecem novamente as palavras que sempre são usadas em conexão com o arrebatamento: firmeza, consolação e esperança (veja Jo 14.1; 1 Ts 4.13-18; 1 Co 15.58; 2 Ts 2.2). E tudo isso porque a Igreja creu nAquele que é o Único que pode salvar. O Senhor Jesus expressa da seguinte maneira o Seu consolo para aqueles que crêem nEle: "Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus" (Jo 16.27).

3. Jesus Cristo conduz Sua Igreja para o alvo

Paulo escreve em Filipenses 1.6-7: "Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós..." (veja também Fp 3.20-21). Certamente o apóstolo Paulo também sabia das fraquezas dos filipenses. Mesmo assim, ele estava plenamente convicto de que o Senhor haveria de completar a obra começada também em suas vidas, e não excluiu ninguém dessa expectativa. Ele sabia que no dia do arrebatamento Deus não deixaria para trás nenhum de Seus filhos, mas alcançaria o alvo com todos eles. Certa vez o reformador Martim Lutero disse:

Por minha maldade e fraqueza inatas, tem sido impossível para mim satisfazer as exigências de Deus.

Se não pudesse crer que Deus me perdoa, por amor a Jesus, se não conseguisse acreditar que Ele apaga todas as minhas falhas e toda a minha incapacidade de alcançar Seu padrão, o que me faz chorar e lamentar todos os dias, tudo estaria acabado para mim!

Eu teria que desesperar, mas não o faço. Não me dependuro numa árvore, como Judas. Eu me enlaço nos pés de Cristo, como fez a pecadora. Embora eu seja pior do que ela, agarro-me ao meu Senhor.

Então Jesus dirá ao Pai: "Este pobre desesperado também terá que passar. Ele não cumpriu os Teus mandamentos, mas se agarra a mim, Pai! Eu morri também por ele. Deixe-o entrar!"

Esta é a minha fé!

 

Da nossa parte, não temos nenhuma capacidade natural que nos deixe perfeitamente preparados para o dia da volta de Jesus. Mas o apóstolo Paulo expressa com as seguintes palavras o que podemos e devemos fazer:

"...de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 1.7-8).

"...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Hb 12.2; veja também 1 Ts 3.12-13).

Esse "olhar para o alto" é extremamente importante para um cristão. Pois, o pior que alguém pode fazer quando a água lhe chega ao pescoço é desanimar. Como exemplo vou contar um acontecimento verdadeiro com uma aplicação espiritual:

Olhar para cima

Certa vez um jovem marinheiro teve que subir ao mastro durante uma tempestade. As ondas levantavam o barco para alturas estonteantes e logo em seguida jogavam-no para profundezas abismais. O jovem marujo começou a sentir vertigens e estava quase caindo. O capitão gritou para ele: "Moço, olhe para cima!" De maneira decidida, o marinheiro desviou seu olhar das ondas ameaçadoras e olhou para cima. E esse olhar para o céu o salvou. Ele conseguiu subir com segurança e executar a sua tarefa.

Quando os dias de tribulação revolvem a nossa vida, quando as tempestades da vida nos confundem e os horrores do abismo se abrem diante de nós, nosso coração começa a tremer, e a alma sofre vertigens de medo e horror. Perdemos o equilíbrio e somos ameaçados de despencar. Entretanto, se desviarmos nosso olhar dos perigos e olharmos para o Ajudador, se buscarmos a face do Senhor em oração e agarrarmos a Sua poderosa mão, nosso coração se aquietará, receberemos força e paz para podermos executar as nossas tarefas em meio às tempestades e finalmente seremos vitoriosos.

4. A transformação na Sua imagem

Filipenses 3.20-21 fala dessa transformação: "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" (veja também Cl 3.3-4). A Bíblia dá aos filhos de Deus a garantia de que eles têm direito de cidadania no céu desde agora, enquanto ainda vivem sobre a terra. O céu não é um país estrangeiro, ele é nosso lar, nossa pátria. Ali os cristãos verdadeiros têm direito de habitar, ali estão inscritos os seus nomes (Lc 10.20). Todo filho de Deus é selado com o Espírito Santo e assim tem passagem livre e acesso à cidade edificada por Deus.

A Igreja de Jesus busca esse lar e anseia por essa morada celestial, esperando que seu Senhor volte de lá. A palavra grega "apekdechometha", que se encontra em Filipenses 3.20 e é traduzida por "aguardamos", no texto original expressa um forte anseio e uma intensa expectativa. Trata-se de um ardente anseio por um acontecimento que se crê ser iminente. O significado é "espichar o pescoço aguardando temerosamente para não perder o que se espera". Será que não nos tornamos muito negligentes em relação à nossa espera pela volta de Jesus?

Quando o Senhor Jesus voltar, Deus transformará nosso corpo humilde, fraco e débil, não em um corpo angelical, não em qualquer corpo de glória, mas "...para sermos conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8.29). Se isso não estivesse escrito exatamente assim, não ousaríamos dizê-lo, nem teríamos coragem de pensar a respeito. Mas também em 1 João 3.2 é apresentada essa grandiosa verdade: "Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é" (veja também 2 Ts 2.14; 1 Co 15.43; 1 Ts 4.17).

5. Uma última exortação

É notável que Paulo diz primeiro em completa confiança: "Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Fp 1.6), mas depois continua como se temesse alguma coisa: "...preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente" (Fp 2.16). Será que, em relação à eternidade, pode realmente haver algo que seja "em vão"? Ora, a salvação eterna nos está garantida, pois Jesus consumou a obra da reconciliação para todos os que crêem nEle. Mas em relação ao galardão ou à herança, e à posição que ocuparemos no céu, pode haver coisas que tenham sido "em vão". Paulo quer dizer com isso: se vocês não perseverarem na palavra da vida, se vocês não se preocuparem seriamente com o discipulado, com a maneira com que seguem ao Senhor, se Jesus não for sempre a mais alta prioridade em suas vidas – então todo o meu trabalho, todas as minhas instruções, minhas cartas, minhas exortações e minhas orações terão sido em vão. Para todos os filhos de Deus que não querem levar a sério o discipulado de Jesus haverá um amargo "em vão!"

Como será esse "em vão"? Sabemos que após o arrebatamento teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali tudo virá à luz, e ali a nossa vida será avaliada. Está escrito em 2 Coríntios 5.10: "Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (veja também 1 Co 4.5). A Bíblia nos adverte claramente acerca da possibilidade de ficarmos envergonhados: "Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda" (1 Jo 2.28).

Como será ficar "envergonhados na sua vinda" para aqueles que não seguiram a santificação? Penso que a respeito existe um exemplo muito interessante e admoestador no Antigo Testamento: Deus havia prometido ao Seu povo uma terra que "mana leite e mel", uma terra em que Israel haveria de ter paz e onde Deus sempre estaria com Seu povo. Mas os israelitas daquele tempo deixaram-se influenciar pelos relatos negativos dos dez espias, que falaram mal da Terra Prometida e começaram a murmurar terrivelmente. Então eles não quiseram ocupar a terra, preferindo voltar para a escravidão no Egito – o que, no Novo Testamento, significa voltar para o mundo. Em conseqüência disso apareceu a glória do Senhor. Ele os repreendeu por sua incredulidade. Deus estava a ponto de destruir todo o povo, mas Moisés intercedeu por Israel, orando: "Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: O Senhor é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta gerações. Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui" (Nm 14.17-19). E o Senhor lhe respondeu: "Tornou-lhe o Senhor: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei. Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do Senhor, nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá" (vv.20-23). O povo recebeu o perdão e não foi destruído, mas perdeu a recompensa; perdeu tudo aquilo que Deus queria dar-lhe de presente (veja Js 5.6; 14.8-10,14).

Sofrer danos na glória eterna, ficar "envergonhados" diante do tribunal de Cristo, consiste em sermos salvos, mas perdermos a herança (o galardão). É disso que fala 1 Coríntios 3.15: "se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo." A Bíblia Viva diz nessa passagem: "Entretanto, se a casa que ele edificou queimar-se, ele terá um grande prejuízo. Ele mesmo será salvo, mas como um homem fugindo através duma barreira de chamas." Esse também foi o caso de Ló, que foi salvo de Sodoma, cidade madura para o juízo, mas perdeu sua mulher e todos os seus bens (Gn 19.1ss). Por essa razão o Senhor Jesus ressurreto advertiu: "Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).

Pelo fato desse assunto ser tão sério, vamos exortar-nos e também animar-nos mutuamente com as palavras de Romanos 13.11-14: "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências."

Para que possamos fazer tudo de maneira correta, precisamos colocar conscientemente a Jesus em primeiro lugar em nossas vidas, dando todo o espaço a Ele. O seguinte episódio ilustra o que quero dizer:

 

Mudança de lugar

O organista de uma igreja em certa aldeia estava tocando um trecho de uma composição de Mendelssohn. Mas ele tocava muito mal. Um estranho que ia passando pela rua ouviu os acordes, entrou na igreja e esperou o final da música. Então ele pediu ao organista que o deixasse tocar. Este se opôs energicamente: "Além de mim, ninguém toca nesse órgão!" Por várias vezes o estranho teve que pedir e implorar, até que finalmente o organista cedeu. O estranho se assentou diante do órgão, acertou os registros e começou a tocar a mesma música. Mas que diferença! A pequena igreja encheu-se de música celestial. O organista escutava extasiado e perguntou: "Quem é o senhor?" O visitante respondeu: "Eu sou Mendelssohn!’ "O quê?", disse o organista, "e eu não quis deixá-lo tocar o órgão!?"

Jesus salvou a nossa vida de maneira maravilhosa e nos comprou por alto preço. Somos obra Sua. Permitamos que Ele toque os acordes da música de nossa vida! Então Ele tomará nossa existência em Suas mãos e fará dela uma melodia celestial.

Eu gostaria de enfatizar e sublinhar ao máximo esse apelo tão simples! Pois, se você permitir essa mudança de lugar e entregar ao Senhor Jesus Cristo o domínio sobre sua vida através de uma decisão consciente, Ele a transformará maravilhosamente! Então você será algo para louvor da Sua glória e terá a certeza de que não será envergonhado na Sua vinda!

 (Norbert Lieth)

 

 

domingo, 4 de novembro de 2012

BIBLIOLOGIA I


      


 

Teologia


Bibliologia I

 

TEORIAS SOBRE A INSPIRAÇÃO DA BLÍBLIA

 

O termo Bíblia é o plural da palavra grega Biblos ou a forma diminutiva biblion, mais utilizada na versão dos LXX e no Novo Testamento.

Significava, no principio, qualquer tipo de documento escrito:

Rolo – códice – carta e etc...

Na versão dos LXX e nas fontes judaicas e cristãs, o termo Livro Sagrado ou o hierai biblioi designava o Pentateuco ou conjunto do Antigo Testamento. 

Durante séculos a Igreja Cristã utilizou as Escrituras Sagradas sem definir solenemente sua fé na inspiração dos livros sagrados. Com o passar dos anos chegou-se a compreensão de que Deus é o autor do Antigo e do Novo Testamento, listando todos os livros sacros.

Duas expressões que aparecem no Novo Testamento são utilizadas pelos teólogos  para  dar  autoridade  divina  às  Escrituras:   escritor  inspirado

( 2Pe 1.19-21 ) e livro inspirado ( 2Tm  3.15 ). Assim o cristianismo aceita “ DEUS – autor da Escritura e os homens como seus instrumentos, sem reduzi-los a instrumentos mecânicos.

 

A TEORIA DO DITADO

 

Segundo a qual Deus teria comunicado idéias e palavras aos escritores bíblicos, que escreviam exatamente o que haviam recebido em suas mentes.   Esta obra foi abandonada no final do século XIX.

 

A TEORIA DA APROVAÇÃO SUPERIOR

 

Afirmava que os homens  escreveram os livros da Bíblia e a Igreja os aprovou. Ela ( a teoria ) foi modificada mais tarde com a idéia de que o Espírito Santo teria dado assistência aos escritores, impedindo-os de cometer  erros,  sem interferir com outra influência.

 

 

A TEORIA DA INSPIRAÇÃO FORMAL  E NÃO MATERIAL

 

Que afirmava haver Deus inspirado o conteúdo das Escrituras e não a expressão verbal, fruto do talento e da capacidade dos escritores sagrados.

Essa teoria foi modificada  em sua parte metodológica. Isto é, não se deveria partir da afirmativa de que “Deus é o Autor “, mas da noção teológica de inspiração divina. Enfim é o estudo da Bíblia o ponto de partida básico para se refletir sobre a inspiração divina que é Deus operando para produzir um efeito concreto: a Bíblia.

No século XIX, o próprio princípio da inspiração foi julgado, pois alguns negavam a intervenção sobrenatural de Deus, Entretanto, foi formulado o seguinte princípio:

 

            “Se alguém não aceita como sacros e canônicos os livros completos             

            das   Sagradas  Escrituras  com  todas  as  suas partes,  segundo  a

            enumeração que deles  faz  tradições e os concílios da Igreja,  ou se

            alguém nega que estes livros são   divinamente inspirados, que este

            tal seja anátema”.

 

O influxo da divina inspiração sobre o autor sagrado, pode-se dizer, começa com a própria vida.

No caso de Jeremias, por exemplo, foi chamado desde o ventre materno

( Jr. 1.5 ). Possuía qualidades intelectuais, imaginativas e emocionais para compor determinado livro. No momento de realizá-lo, a inspiração divina atuou sobre a pessoa, que foi preparada para uma tarefa   definitiva na história da salvação.

A ação de Deus sobre o autor sagrado pode ser definida como Spiritu Sancto Inspirante.

 

Essa inspiração influi em todas as faculdades do autor, afetando o entendimento especulativo ( o que se há de comunicar ) e o entendimento prático ( o modo de comunicá-lo ).

 

O autor sagrado possuía convicção, segurança e visão penetrante desenvolvidas sob o influxo da inspiração. A comunidade redcebia os textos na certeza de que  eram vindos de Deus. O Senhor Deus utilizou pessoas lugares, coisas e acontecimentos  para dirigir e orientar o entendimento do autor sagrado.

 

A vontade do autor também estava sobre o influxo da inspiração divina.

Uma vez aceitando a Bíblia como a palavra de Deus, observam-se os efeitos  desta inspiração sob quatro aspectos:

 

1           Deus se revela da Bíblia.

2           A Bíblia forma uma unidade Completa.

3           A Bíblia permite o encontro entre Deus e a pessoa.

4           A inerrância na Bíblia se evidencia.

 

 

A FORMAÇÃO DO CÂNON

 

Toda Religião revelada precisa do estabelecimento de um Cânon sagrado que identifique a revelação de Deus.

A fé judaico-cristã sentiu a necessidade do Cânon para conservar, preservar e observar essa revelação.

 

Canônicos são livros aceitos pela comunidade cristã como sagrados, divinamente inspirados e fidedignos para a instrução dos fiéis.

 

No Antigo Testamento os critérios eram:

 

Os autores sagrados registraram, de forma escrita, as revelações e mensagens que recebiam da parte de Deus, para que servissem  de orientação aos seus descendentes. ( Ex.17.14; Dt.31.24; At.7.38 em diante).

A confirmação pelo Espírito Santo,produzindo Fé e Obediência à palavra de Deus.

 

 

CÂNON JUDAICO

 

O cânon hebraico é composto de 24 livros, divididos em três  grupos:

 

A Lei  ( Torah ), os profetas ( Nebhim ) e os escritos ( Kethubim ).

 

TORAH – Gênesis – Êxodo – Levítico – Números e Deuteronômio.

 

NEBHIM – Josué, Juizes, Samuel, Reis, Isaias, Jeremias, Ezequiel,  e os doze  ( os nossos profetas menores ).

 

 

 

KETHUBIM – Salmos – Provérbios, Jó, Daniel, Esdras, - Neemias  - Crônicas -( os cinco rolos ) Cantares Estér - Rute  - Lamentações - Eclesiastes .

 

Obs: “Os cinco rolos”. São chamados assim porque cada um deles foi escrito individualmente para ser lido nas festividades judaicas:

 

Cantares  -  na Páscoa.

 

Festa em que os Israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados no Egito ( Ex  12.1-20; Mc 14.12 ). Cai no dia 14 de NISÂ ( colheita de cevada,  mais ou menos 1 de abril ). Em hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS era um prolongamento da Páscoa  ( Dt 16.1-8).

 

Rute   -  no Pentecostes.

 

Festa da Colheita  ( At. 2.1 ) A palavra pentecostes é grega e quer dizer “ qüinquagésimo” (dia), pois essa festa era comemorada cinqüenta dias depois da Páscoa. (  Colheita Geral , Vinicultura ( mês 5/6 ).

 

 

Eclesiastes  -  na Festa dos Tabernáculos.

 

Festa dos Israelitas para lembrar o tempo em que os seus antepassados haviam morado em barracas na viagem pelo deserto, do Egito à Terra Prometida ( Lv. 23. 33-36 ). Começava no dia 15 do mês de ETANIM e durava uma semana ( mais ou menos a primeira semana de outubro ).

 

Estér   -  no Purim

 

Festa dos judeus que caía nos dias 14 e 15 de adar,( chuvas tardias, mês 12 )  na qual se comemorava a vitória contra HAMÂ. “Purim” quer dizer “sortes” (Et 3.6; 9. 20-32 ).

 

Lamentações    -  no aniversário da destruição de Jerusalém.